Um grupo permanente para prevenir catástrofes naturais

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, revelou hoje que pretende criar um grupo permanente formado por integrantes das Forças Armadas, da Secretaria Nacional de Defesa Civil e do Ministério da Saúde para prevenir catástrofes naturais e resolver rapidamente os problemas causados por enchentes, vendavais e outras intempéries.

A declaração foi dada durante entrevista ao programa Painel RBS, transmitido ao vivo pela TV COM de Santa Catarina. Dilma falou principalmente dos problemas enfrentados pelos catarinenses e voltou a defender da Reforma Tributária.

Confira abaixo os principais pontos da entrevista:

Catástrofes naturais

“Acho que a experiência de Santa Catarina ajudou o Brasil. Vamos ter que constituir um grupo permanente na esfera federal para que os estados e municípios possam recorrer a ele no caso de catástrofes. Seria um grupo anticatástrofe. O grupo será formado pela Defesa Civil, pelas Forças Armadas e pela Saúde, porque um dos problemas seguintes às catástrofes é a qualidade da água, por exemplo”.

Reforma Tributária

Dilma defendeu a aprovação de uma Reforma Tributária pactuada com os estados e municípios no Brasil. Segundo ela, é preciso simplificar o sistema de arrecadação e acabar com a guerra fiscal no país. Ela pretende reduzir os tributos sobre os medicamentos, mas para isso precisa de um acordo com os governadores, que definem as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Estradas

A candidata se comprometeu com a conclusão das obras de duplicação da BR-101 em Santa Catarina, mesmo nos trechos mais complicados por questões ambientais. A rodovia atravessa o estado e chega ao Rio Grande do Sul. Ela afirmou que o governo federal contratará e iniciará a duplicação da BR-280, que liga o norte do estado ao Porto de São Francisco do Sul.

Pedágios

“Será que o eleitor de Santa Catarina quer pagar R$ 43,00 para percorrer cerca de 300 quilômetros? É isso que se paga em São Paulo. Nós estamos fazendo isso [concessão de rodovias] olhando para a tarifa. Defendo um modelo diferente do paulista. Eles cobram concessão onerosa. Nós contratamos quem fizer o menor preço de pedágio. Quem cobra menos fica com a concessão. A licitação deles quem paga mais [pela estrada] fica com a concessão. E a empresa coloca esse valor na tarifa, é claro”, argumentou. Contudo, segundo ela, há trechos que não há como conceder pelo valor do pedágio e aí o governo federal construirá a estrada.

SUS

Dilma se comprometeu na entrevista a ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A expansão, segundo ela, se dará em três campos: o projeto Rede Cegonha, de atenção especial à mulher, às gestantes e aos recém nascidos; a construção de novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); e a formação de uma rede de policlínicas, para atendimento especializado às pessoas com câncer.

A candidata defendeu a regulamentação no Congresso Nacional da Emenda 29, que determina os valores que devem ser investidos por estados, municípios e governo federal na área, e a busca de uma solução definitiva para financiamento do SUS. Contudo, ela negou a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).