segunda-feira, 29 de novembro de 2010

TJ confirma punição a Joaquim Neto por uso indevido do dinheiro da Prefeitura

Ação penal contra o ex-prefeito Joaquim Neto de Andrade Silva, por ter realizado despesas indevidas com verbas públicas provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), contrariando a Lei Federal nº 9394/96 ao realizar despesas com pessoal superior ao limite legal. 

O processo tramita na Justiça de Pernambuco desde 2003, sob a chancela do advogado José David Gil Rodrigues, ex-secretário municipal de assuntos jurídicos na administração do ex-prefeito. No Superior Tribunal de Justiça, a habeas corpus de Joaquim Neto foi negado pelo relator ministro Gilson Dipp sobre os “Crimes de responsabilidades fiscal através de recebimento de denúncias pelo Tribunal”; “não comparecimento do defensor que foi devidamente intimado”, dentre outros. 

A denúncia contra o ex-prefeito o acusa de ter realizado despesas indevidas com verbas públicas do FUNDEF e alega “ausência  de dolo em sua conduta, isto é, de vontade consciente de lesar o erário público”. 

O processo de arrasta desde abril de 2003, quando o ex-prefeito foi intimado pelo Diário Oficial. A decisão da cassação da liminar foi decidida na reunião do dia 26 de outubro de 2010, pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Votaram com o ministro Gilson Dipp, os ministros Laurita Vaz, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e pelo desembargador convocado pelo STJ, ministro Honildo Amaral de Melo Castro.

Fonte http://blogdocastanha.com/index.php?limitstart=15

Ex-prefeito de cidade pernambucana não consegue habeas corpus

O habeas corpus de um ex-prefeito de Gravatá (PE) não foi conhecido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-prefeito é acusado pelos crimes de responsabilidade previstos nos incisos IV e XIV do artigo 1º do Decreto-Lei 201/1967. Os incisos definem os crimes de uso irregular de subvenções ou outros recursos públicos e de não cumprimento de lei ou ordem judicial sem justificativa. Ele também teria cometido o delito de extorsão, previsto no artigo 158 do Código Penal (CP).

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) recebeu a denúncia contra o político e rejeitou posterior recurso da sua defesa. No habeas corpus impetrado no STJ, alegou-se não ter havido dolo na conduta, ou seja, não houve intenção de lesar o erário público. Também se afirmou que o recebimento da denúncia seria nulo, já que não foi feita na presença do defensor, em prejuízo do réu. A ausência de defensor teria sido causada pelo não cumprimento do prazo de publicação da pauta de julgamento. Isso teria desrespeitado os princípios da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.

O ministro Gilson Dipp, relator do habeas corpus, considerou que não haveria nulidade pela ausência do defensor, já que ele teria sido devidamente intimado da sessão de recebimento da denúncia. A pauta foi publicada no Diário Oficial do Poder Judiciário de Pernambuco, respeitando o prazo de dois dias determinado no regimento interno do TJPE. Além disso, houve apresentação de defesa escrita no caso e a jurisprudência do STJ é no sentido de validar o recebimento de denúncia nesse caso.

O magistrado também observou que, como o ex-prefeito não foi reeleito, o TJPE declinou sua competência – antes existente em razão do foro privilegiado - para a 2ª Vara da Comarca de Gravatá, esvaziando a alegação da suposta nulidade. Para o ministro Dipp, já que essa deve agora ser julgada em primeira instância, o STJ não poderia tratar da questão, pois haveria supressão de instância.

Fonte http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/

domingo, 7 de novembro de 2010

Calem a boca, nordestinos!

Por José Barbosa Junior   

A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.

Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.

Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".

Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.

E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!

Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?

Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz? 

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...

Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...

E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
 
Ah! Nordestinos...

Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!

Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

Fonte: http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=204&Itemid=26

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O mau uso político da religiosidade popular - Leonardo Boff

A religiosidade popular está hoje em alta pois foi um dos eixos fundamentais da campanha eleitoral, especialmente em sua vertente fundamenalista. Foi induzida pela oposição e por uma ala conservadora de bispos de São Paulo, à revelia da CNBB, acolitada depois por pastores evangélicos. Sem projeto político alternativo, Serra descobriu que podia chegar ao povo, apelando para temas emocionais que afetam à sensível alma popular, como o aborto e a união civil de homosexuais, temas que exigem ampla discussão na sociedade, fora da corrida eleitoral. Política feita nesta base é sempre ruim porque faz esquecer o principal: o Brasil e seu povo, além de suscitar ódios e difamações que vão contra a natureza da própria religião e que não pertence à tradição brasileira.
Historicamente a religiosidade popular sofreu todo tipo de interpretação: como forma decadente do cristianismo oficial; os filhos da primeira ilustração (Voltaire e outros) a viam como reminiscência anacrônica de uma visão mágica do mundo; os filhos da segunda ilustração (Marx e companhia) a consideravam como falsa consciência, ópio endormecedor e grito ineficaz do oprimido; neodarwinistas como Dawkins a lêem como um mal para a humanidade a ser extirpado.
Estas leituras são canhestras pois não fazem jutiça ao fenômeno religioso em si mesmo. O correto é tomar a religiosidade por aquilo que ela é: como vivência concreta da religião na sua expressão popular. Toda religião significa a roupagem sócio-cultural de uma fé, de um encontro com Deus. No interior da religião se articulam os grandes temas que movem as buscas humanas: que sentido tem a vida, a dor, a morte e o que podemos esperar depois desta cansada existência. Fala do destino das pessoas que depende dos comportamentos vividos neste mundo. Seu objetivo é evocar, alimentar e animar a chama sagrada do espírito que arde dentro das pessoas através do amor, da compaixão, do perdão e da escuta do grito do oprimido. E não deixa de fora a questão do sentido terminal do universo. Portanto, não é pouca coisa que está em jogo com a religião e a religiosidade. Ela existe em razão destas dimensões. Um uso que não respeite esta sua natureza, significa manipulação desrespeitosa e secularista, como ocorreu nas atuais eleições.
Não obstante tudo isso, importa tomar em conta as instituções religiosas que possuem poder e um peso social que desborda do campo religioso. Este peso pode ser instrumentalizado em diferentes direções: para evitar a discussão de temas fortes como a injustiça social e a necessidade de políticas públicas orientadas para quem mais precisa e outros temas relevantes.
É nesse campo que se verifica a disputa pela força do capital religioso. E ela ocorreu de forma feroz nestas eleições. Curiosamente o candidato da oposição, se transformou num pastor ao fazer publicar num jornal que eu vi:”Jesus é verdade e justiça”, com a assinatura de próprio punho, como se não nos bastassem os Evangelistas para nos garantirem esta verdade. O sentido é insinuar que Jesus está do lado do candidato, enquanto o outro é satanizado e feito vítima de ódio e rejeição. Eis uma forma sutil de manipulação religiosa.
Um católico fervoroso me escreveu que queria “me retalhar em mil pedaços, queimá-los, jogá-los no fundo do poço e enviar a minha alma para os quintos dos infernos”. Tudo isso em nome daquele que mandou que amássemos até os inimigos. O povo brasileiro não pensa assim porque é tolerante e respeitador das diferenças porque crê que no caminho para Deus podemos sempre somar e nos dar as mãos.
Só não desnatura a religiosidade aquela prática que potencia a capacidade de amor, que nos ajuda na auto-contenção da dimensão de sombras, nos desperta para os melhores caminhos que realizam a justiça para todos, garante os direitos dos pobres e nos torna não apenas mais religiosos, mas fundamentalmente mais humanos. A quem ajua a difamação e a mentira? Deus as abomina. 
 
Leonardo Boff
Teólogo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Marina Silva repreende uso de e-mail falso e suposta declaração contra Dilma

“Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral”, diz senadora

A senadora Marina Silva (PV-AC) criticou nesta quarta-feira (27) o uso de um e-mail falso em seu nome (marina@pv.gov.br) para propaganda favorável ao candidato à Presidência do PSDB, José Serra. Marina criticou ainda um post do blog Eu Vou de Serra 45, que, segundo nota divulgada pela senadora, manipula declarações dadas por ela durante a campanha do primeiro turno.

- Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos.

Segundo o partido, o e-mail com o remetente é direcionado aos simpatizantes de Marina e contém mensagem em nome da senadora e do PV com pedido para que se unam em torno da candidatura de Serra.
O post no blog, com data de 26 de outubro, usa uma declaração de Marina feita em Curitiba, na qual ela pede que o povo brasileiro “pense duas vezes” antes de fazer suas escolhas.

- Que o povo brasileiro pense duas vezes antes de entregar o futuro do Brasil para quem não conhecemos direito.

De acordo com o texto, a senadora fez referência ao desconhecimento geral sobre a biografia da candidata do PT, Dilma Rousseff. Marina disse que a militância tucana lançou mão de uma frase de forma descontextualizada, para fazer proselitismo eleitoral.

- Estamos no final do segundo turno, e os brasileiros já tiveram acesso a muitas informações sobre os candidatos à Presidência. Não há mais desconhecidos. O eleitor vai às urnas consciente da sua escolha e não sujeitará a formação de sua opinião àqueles que usam artifícios ingênuos para distorcer a realidade.

A senadora voltou a manifestar o posicionamento que ela e o PV tornaram público desde o último dia 17 de outubro sobre a fase final da disputa presidencial: independência em relação aos dois candidatos que disputam o segundo turno.

- Os quase 20 milhões de brasileiros que endossaram meu projeto e o de Guilherme Leal [ex-candidato a vice-presidente] no primeiro turno sabem que o respeito ao eleitor é um princípio inquestionável na nossa prática política, o que nos diferencia daqueles que querem o poder pelo poder.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em dia de festa, Caruaru recebe Dilma com carreata

A maior carreata política da história de Caruaru. Foi assim que a cidade do agreste pernambucano recebeu a candidata Dilma Rousseff no final da tarde de hoje. No trajeto de 12 quilometros, milhares de pessoas manifestaram seu apoio nas ruas, casas, lojas, do alto de prédios e dentro dos ônibus. Centenas de carros, motos, bicicletas e pessoas correndo acompanharam o trajeto que durou duas horas.

Ao lado do governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de parlamentares e 40 prefeitos, Dilma percorreu as ruas dos bairros Vila Kennedy, Largo São Francisco, Centro e Salgado, o mais populoso da cidade. Já era noite quando a carreata encerrou no bairro Maurício Nassau.

Na praça do Marco Zero, Dilma fez uma fala emocionada. "Estou vivendo aqui em Caruaru uma das experiências mais fortes da minha vida. O coração do Brasil hoje bate em Caruaru", afirmou.

Para a população que parou o comércio central da cidade, Dilma reafirmou seus compromissos. "Tenham certeza que darei continuidade ao trabalho do presidente Lula.  E o que eu prometo, eu faço", declarou, sendo ovacionada pelo povo.

Dilma também fez uma comparação entre a sua candidatura e a do adversário, ressaltando a motivação que a levará até o dia da eleição. "Essa energia que recebo hoje em Caruaru me moverá até o domingo, dia que escolheremos se vamos seguir em frente ou voltaremos ao passado, descendo serra abaixo", disse.

O governador Eduardo Campos e o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), agradeceram o carinho com que a população recebeu a presidenciável. "Caruaru demonstra ao Brasil que já escolheu Dilma presidente. Vamos ficar nas ruas até domingo, quando o Brasil terá a primeira mulher presidente", declarou o governador.

CNT/Sensus: Dilma atinge 58,6% dos votos válidos

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou hoje pesquisa realizada pelo instituto Sensus que revela ampla dianteira de Dilma Rousseff em relação ao adversário tucano. Segundo o levantamento, considerando os votos válidos, a petista venceria a disputa contra Serra por 58,6% contra 41,4%, uma diferença de 17,2 pontos percentuais.

A evolução das intenções de voto na candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando em relação ao último levantamento do Sensus chama a atenção. Na pesquisa divulgada no começo de outubro, a petista tinha uma vantagem de 4,1 pontos percentuais para o concorrente do PSDB.

Levando em conta todos os votos, Dilma tem 51,9% contra 36,7% de Serra. Os votos brancos e nulos somam 4,7% do eleitorado e 6,8% dos entrevistados declararam estar indecisos. A pesquisa mostra também que 43% do eleitorado jamais votariam em Serra. Do começo de outubro até agora, a rejeição ao tucano cresceu 6 pontos percentuais.

O Sensus também apresentou a expectativa de vitória do eleitorado. Para 69,7% das pessoas, Dilma vencerá as eleições no dia 31 de outubro. O percentual de apostas no tucano é de apenas 22,7%.

No levantamento espontâneo, quando o entrevista não recebe indicação de nomes para escolher, Dilma vence por uma diferença de quase 15 pontos percentuais: 50,4% a 35,7%. A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 desse mês e ouviu 2.000 pessoas em 136 municípios e 24 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Parabéns ao Lula, Parabéns ao Brasil

O Brasil passou por vários momentos em sua história. Tivemos pessoas que, desde a chegada dos portugueses, exploravam nosso povo, e os que lutavam por igualdade eram suprimidos.

Mas um dia a voz da nação foi ouvida e conseguimos eleger um representante legítimo da igualdade, do social e da paz. Ao longo de oito anos pudemos ver o Brasil, que como outros países da América Latina estava quebrando, se reerguer e se tornar um dos países mais respeitados do mundo.

Vencemos a super inflação; reestabilizamos o Real; pagamos a dívida com o FMI; reerguemos a indústria naval; criamos 15 milhões de empregos; criamos o Minha Casa, Minha Vida; UPA's; SAMU; Bolsa Família; ProUni; Luz para Todos; Fome Zero; restauramos, construimos e duplicamos as estradas brasileiras; investimos nas ferrovias; reerguemos a PETROBRAS e descobrimos o Pré-Sal, dividindo suas riquezas para todo o país; enfim, revitalizamos o Brasil.

Nada do que aqui foi citado, e tantas outras benéfices que poderiam ser citadas, poderia ter acontecido sem a coordenação de um homem que nasceu num lar pobre, no tão discriminado, pelos governos passados, Nordeste, sem nenhuma perspectiva de vida, mas que foi à luta e redescobriu o Brasil que a burguesia dominante insistia em por para debaixo do tapete.

Hoje é o aniversário de Luiz Inácio Lula da Silva, o nosso querido Lulinha Paz e Amor, o nosso Lula, a personalidade mais importante da nossa história, que transformou os seus interesses pessoais nos interesses de uma nação, que transformou a vida de um povo. Parabéns Lula, parabéns a todos nós que temos a honra de chamá-lo "nosso presidente".

Filipe de Vasconcelos Gomes

sábado, 23 de outubro de 2010

João Paulo confirma vinda de Dilma para Caruaru na terça-feira


O coordenador da campanha de Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco, João Paulo (PT), confirmou no início desta noite que Caruaru foi a cidade escolhida para receber a terceira visita da petista ao Estado durante esta campanha. De acordo com o ex-prefeito do Recife, a presidenciável chegará à cidade na tarde da terça-feira (26) e deverá  permanecer até o início da noite. “O formato do evento ainda vai ser discutido”, explicou João Paulo. Segundo ele, o encontro com os prefeitos do Agreste e a caminhada, programados para serem realizados no município na segunda-feira (25), foram cancelados.
 
Extraído de http://www.blogdafolha.com.br/index.php/materias/13974?task=view

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Datafolha confirma vantagem de 12 pontos de Dilma

Pesquisa Datafolha, divulgada hoje, confirma a vantagem da candidata Dilma Rousseff, de 12 pontos, considerando os votos válidos. Excluindo os votos brancos, nulos e indecisos, Dilma tem 56% contra 44% do tucano José Serra.

Nos votos totais, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando aparece com 50%. Nessa pesquisa, ela apresenta um crescimento de 3 pontos percentuais em relação ao levantamento divulgado na semana passada. Em sentido contrário, Serra apresentou queda de um ponto percentual, no mesmo período, com 40% das intenções. Os que dizem votar em branco ou nulo continuam estáveis, com 4%. Os indecisos oscilaram de 8% para 6%.

Segundo o Datafolha, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31. Apenas 10% cogitam mudar de opinião. O instituto registrou também um aumentou na audiência dos comerciais dos candidatos na TV. Nesta semana, 63% afirmaram ter assistido pelo menos uma vez à propaganda - na semana passada, o percentual era de 52%. O maior número de eleitores que assistem ao horário eleitoral está no Sul (71%). No Nordeste, o percentual é o menor do país, com 61%.

Marineiros são Dilma

A pesquisa DataFolha confirma um forte movimento dos eleitores que optaram por Marina Silva no primeiro turno e agora votam em Dilma. Segundo o instituto, a petista cresceu oito pontos nesse grupo, de 23% para 31%. Serra perdeu cinco pontos e agora está 46% das intenções de voto desse grupo.

Mulheres com Dilma

As mulheres estão fazendo a diferença na campanha da candidata Dilma. Na última semana, Dilma cresceu dois pontos percentuais nesse público, ficando com 45% das intenções. Em conseqüência, Serra perdeu dois pontos, e está com 41%. Hoje a diferença do voto feminino entre Dilma e Serra é de quatro pontos percentuais.

Entre os homens a diferença é de 17 pontos percentuais. Dilma está com 55% das intenções de voto contra 38% das intenções de voto no Serra.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo.

A tomografia da fita crepe

21/10/2010 20:34, Por Por Paulo Nogueira* - de Londres

Não sei se alguém se surpreendeu com as últimas pesquisas, que parecem consolidar a caminhada de Dilma rumo ao Palácio do Planalto.

Eu não.

A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido.

O episódio de ontem no Rio é apenas mais um de uma lista de pequenas trapaças de Serra. Ele é provavelmente a primeira pessoa no mundo a fazer tomografia por receber uma fita crepe na cabeça. O médico que o atendeu disse, constrangido, que o exame acusara o que todo mundo já sabia. Não havia problema nenhum.

Serra aproveitou para fazer fotos no hospital, em meio a extemporâneas e descabidas declarações de paz e amor hippie.

"Não entendo política como violência" disse ele.

Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.

Serra quer muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja.

Em farisaísmo, a tomografia da fita crepe equivale à célebre frase de Monica Serra segundo a qual Dilma é a favor de matar criancinhas. Não conheceríamos a capacidade de jogar baixo de Monica se um repórter não estivesse presente para registrar a ação maldosa da candidata a primeira-dama.

Dilma deve ganhar menos pelos seus méritos e até menos pelo apoio do Lula do que pelos vícios da campanha vale-tudo de Serra.

Ele tem que sair de cena para que o PSDB se renove.

É possível que ele arraste Aécio na queda, agora que repousam sobre o mineiro as esperanças de operar uma reviravolta. Dilma bateu Serra no primeiro turno, e Aécio disse que vai mudar isso. Faz alguns mandatos já que quem ganha em Minas leva a presidência, e por isso as esperanças se reabriram.

Só falta Aécio combinar com os mineiros.

A última pesquisa mostra que a distância de Dilma sobre Serra em Minas se ampliou em vez de diminuir.

Serra talvez possa culpar Aécio se a virada não aparecer, eassim prosseguir, como um interminável Galvão da política, mais alguns anos em sua louca cavalgada rumo à presidência, num titânico duelo de vontades contra os brasileiros.

*Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

Publicado inicialmente no Diário do Centro do Mundo.
 
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/a-tomografia-da-fita-crepe/187375/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ibope: Dilma aumenta vantagem no 2º turno

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, está 11 pontos porcentuais à frente de José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta quarta-feira, 20. A petista tem 51% das intenções de voto contra 40% de José Serra (PSDB). Votos brancos e nulos somam 5% e 4% não sabem ou não responderam.

Considerando-se apenas os votos válidos (excluídos nulos, brancos e eleitores indecisos), Dilma teria 56% contra 44% do tucano.

A petista quase dobrou a diferença em relação ao tucano registrada na pesquisa anterior, realizada entre os dias 11 e 13 de outubro. Naquele levantamento, Dilma tinha 49% das intenções de voto (53% dos votos válidos) contra 43% de Serra (47% dos votos válidos). No primeiro turno, a candidata do PT teve 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% do adversário.

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de outubro e está registrada no TSE sob o protocolo 36476/2010. Foram realizadas 3010 entrevistas em 201 municípios de todo o País. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vox Populi: Dilma cresce e vence no segundo turno

Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais. Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.

Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.

O Vox Populi ouviu 3 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. Os resultados, portanto, não consideram o impacto do debate realizado pela Rede TV no último domingo, nem a entrevista concedida por Dilma ao Jornal Nacional ontem à noite. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10.

Recortes

Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.

Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.

A petista ganha em todas faixas etárias. Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.

Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.

Embora seja mulher, Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.

No recorte que leva em consideração a cor da pela Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.

Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos.

Fonte: portal iG.

Manifesto de artistas e intelecutais pró Dilma

Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff.

Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.

Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.

Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.

Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado. Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.

Leonardo Boff
Chico Buarque de Holanda
Oscar Niemeyer
Aderbal Freire Filho – diretor de teatro
Alcides Nogueira – dramaturgo e roteirista
Alcione – cantora
Aldir Blanc – compositor e escritor
Álvaro Caldas – jornalista
André Klotzel – cineasta
André Luiz Oliveira – cineasta
Anne Pinheiro Guimarães – cineasta
Antonio Grassi – ator
Argemiro Ferreira – jornalista
Armando Freitas Filho – poeta
Beth Carvalho – cantora
Beth Formaggini – cineasta
Carlos Augusto Brandão – crítico de cinema
Carlos Brandão
Celso Frateschi – ator e diretor
Chico Cesar – cantor e compositor
Chico Diaz – ator
Claudia Furiati – historiadora e escritora
Cláudio Baltar – diretor
Cristina Buarque de Hollanda – cantora
Daniel Sroulevich – produtor cultural
Daniel Souza – designer e empresário
Dau Bastos
Débora Duboc – atriz
Dira Paes – atriz
Domingos de Oliveira – diretor teatral, cineasta
Edgar Vasques – cartunista
Ednardo – cantor
Eduardo A. Russo – crítico de cinema
Eduardo Figueiredo – produtor teatral
Eric Nepomuceno – jornalista e escritor
Eryk Rocha – cineasta
Felipe Radicetti – compositor
Geraldo Moraes – cineasta
Geraldo Sarno – cineasta
Helena Sroulevich – produtora cultural
Helvécio Ratton – cineasta
Hermano Figueiredo – cineasta e cineclubista
Hugo Carvana – ator e cineasta
Janaina Diniz – cineasta
Jesus Chediak – cineasta e produtor cultural
João Bosco – cantor e compositor
João Carlos Couto – dramaturgo e produtor teatral
Joel Pizzini – cineasta
Jorge Furtado – cineasta
José Joffily – cineasta
José Roberto Filippelli
Karen Acioly – diretora teatral
Leopoldo Nunes – cineasta e agente cultural
Lucélia Santos – atriz
Lucia Murat – cineasta
Lúcia Rocha – curadora do Tempo Glauber
Lucília Garcez – escritora
Lucy Barreto – produtora
Luiz Antonio de Assis Brasil – escritor
Luiz Carlos Barreto – produtor
Luiz F. Taranto – jornalista e cineasta
Luiz Fernando Lobo – diretor artístico e ator
Luiz Fernando Lobo – diretor teatral
Manfredo Caldas – cineasta
Marcelo Laffitte – cineasta
Marcos Souza – músico e jornalista
Mariana Lima – atriz
Marieta Severo – atriz
Marília Alvim – cineasta
Mario Prata – escritor e dramaturgo
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Maurice Capovilla – cineasta
Maurício Machado – ator
Miguel Paiva – escritor e humorista
Miúcha – cantora
Monarco – compositor
Monique Gardenberg – cineasta e diretora de teatro
Murilo Salles – cineasta
Nelson Sargento – compositor
Nei Lopes – compositor e escritor
Noilton Nunes – cineasta
Orã Figueiredo – ator
Otto – cantor e compositor
Paloma Rocha – cineasta
Paula Gaitán – cineasta e artista plástica
Paulo Betti – ator
Paulo Halm – roteirista e cineasta
Pedro Cardoso – ator
Raquel Karro – atriz
Ricardo Cota – Secretário de Comunicação do Governo do RJ
Ricardo Cravo Albin – jornalista, historiador e pesquisador da MPB
Ricardo Gontijo – jornalista
Roberto Berliner – cineasta
Roberto Gervitz – cineasta
Roberval Duarte – cineasta e produtor cultural
Rodrigo Targino – cineasta
Rogério Correa – cineasta
Rosa d`Aguiar Furtado – jornalista, tradutora (viúva de Celso Furtado)
Rosemary – cantora
Rosemberg Cariry – cineasta
Rubens Rewald
Ruth Rocha – escritora
Ruy Guerra – cineasta
Sandra Werneck – cineasta
Sara Rocha – produtora de cinema
Sérgio Sá Leitão – cineasta e administrador público
Silvia Buarque de Hollanda – atriz
Silviano Santiago – escritor
Sylvia Moreira – arquiteta, cenógrafa
Tata Amaral – cineasta
Tia Surica -sambista
Toni Venturi – cineasta
Tuca Moraes – atriz e produtura
Vania Cattani – cineasta
Vicente Amorim – cineasta
Vinícius Reis – cineasta
Vladimir Carvalho – cineasta
Wagner Tiso – músico
Walter Carvalho – cineasta
Walter Lima Júnior – cineasta
Wolney Oliveira – cineasta
Ziraldo – desenhista, escritor, pintor
Frei Betto
Emir Sader
Álvaro Caldas – jornalista
Ricardo Gontijo – jornalista
Regina Zappa – jornalista e escritora
Padre Ricardo Rezende
Paulo Sergio Niemeyer
Vera Niemeyer
Tulio Mariante – designer

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Marina: PT incorporou mais as propostas do PV

Em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã de hoje, a senadora Marina Silva afirmou que o PT incorporou mais propostas da plataforma apresentada pelo PV aos candidatos do segundo turno. Ela explicou que, entre os 10 pontos considerados mais importantes para que se possa avançar nas questões que dizem respeito à política, desenvolvimento sustentável, educação, inclusão social e ética, o PT está mais integrado à opinião do PV.

“Demos uma contribuição, cabe agora aos candidatos, que já integraram parcialmente parte das propostas que apresentamos, sendo que o PT integrou um pouco mais, o PSDB um pouco menos, mas ainda podem ampliar seu nível de aceitação”, analisou Marina, logo no início da entrevista.

Sobre o debate deste domingo, na RedeTV, Marina lamentou que questões ambientais não tenham entrado na discussão, mas lembrou que a única menção veio da candidata da coligação Para o Brasil seguir mudando. “Somente a ministra Dilma, no final da sua fala, no encerramento, é que fez uma menção à Copenhague e à questão da biodiversidade”, disse Marina.

Segundo a senadora, “Serra não mencionou, em nenhum momento, a questão referente ao sócio-ambientalismo, uma questão tão relevante para o planeta e para o Brasil”.

Link para rádio: http://bit.ly/aGBWtH

Carta de Dilma para Marina: http://bit.ly/bCbT30

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Frei Beto escreve na Folha de São Paulo sobre Dilma e a fé cristã

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única
linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em
Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos
depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de
colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava
de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com
violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao
choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em
que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa
de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de
"abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.

Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo,
ninguém é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.

Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do
que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas
convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se
conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação
ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as
mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos;
implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e
mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o
patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar
boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o
que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha
contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que
seriam aqueles que vivem batendo no peito proclamando o nome de Deus. Nem os que
vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina
cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e
me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me
libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e
frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos
miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida
digna e feliz. Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da
população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se
eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor
de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial
da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

“Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável

O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar.

No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:
– Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

Leia o texto, na íntegra:

“Respeitemos a dor de Mônica Serra

“Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.

“Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.

“Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

“Assim, repito a pergunta corajosa de minha presidente, Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

“Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

“Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra,

“VOTO DILMA”, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.

Reflexão

Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável “à privacidade das pessoas”.

“Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mõnica Serra surgiu. Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas”. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha – foi minha pergunta.

“Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las. Por isso escrevi ‘respeitemos a dor’. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas monicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

“Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

“Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.

Exílio e ditadura

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que “muitas pessoas querem ‘explicações” para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

“Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre ‘matar criancinhas’, duvidei.

“Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição. Essa afirmação de ‘criancinhas assassinadas’ é do nível do ‘comunista come criancinha’. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

“Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime – como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma ‘denunciadora de um ‘delito’. Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime – mas deve ser enfrentado como assunto de saúde.

“O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

“Agora volto ao meu trabalho”, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

Sem resposta

Diante da afirmativa da ex-aluna de Sylvia Monica Serra, o Correio do Brasil procurou pelo candidato, no Twitter, às 23h57:
“@joseserra_ Sr. candidato Serra. Recebemos a informação de que Dnª Monica Serra teria feito um aborto. O sr. tem como repercutir isso?”

Da mesma forma, foi encaminhado um e-mail à assessoria de imprensa e, posteriormente, um contato telefônico com o comitê de Serra, em São Paulo. Até o fechamento desta matéria, às 1239h desta quarta-feira, porém, não houve qualquer resposta à pergunta. O candidato, a exemplo do debate com a candidata petista, novamente optou pelo silêncio.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Por Pedro Bial: Escolha entre votar em uma guerreira da Democracia e um Fujão!

O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que um filho seu não foge à luta. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, colocaram o rabinho entre as pernas e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.

Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa.

Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informam vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.

Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!

Pedro Bial, jornalista do grupo Globo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Na Band, Dilma foi firme e respondeu com a verdade

O resultado do primeiro debate televisivo, na TV Bandeirantes, entre os candidatos à Presidência da República, pode ser visto no semblante dos aliados de José Serra e de Dilma Rousseff. Do lado dos tucanos, cabeças baixas e rostos preocupados. Pelo lado da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, o entusiasmo era claro.


Ao final do debate, os aliados de Dilma expressaram o ambiente dentro do auditório. “Ela [Dilma] fez o confronto adequado, porque eram tantas as acusações infundadas em relação a nossa chapa e ela respondeu com muito vigor. Essa resposta vigorosa que ela deu vai mobilizar toda militância do país para chegarmos ao fim do segundo turno com sucesso”, avaliou o candidato a vice-presidente Michel Temer.

Para o senador reeleito Delcídio Amaral (PT-MS), a candidata “deu um show de bola" e caminha para a vitória. “Foi o melhor debate da Dilma, sem dúvida. Muito firme, clara, concisa, foi para cima. Ela criou efetivamente as situações que nós esperávamos para fazer confrontação de projetos com o Serra. E ela agiu de forma determinada e especialmente com relação a essa rede de intrigas que montaram com relação a ela”, comentou.

Durante o debate, Dilma ressaltou que Serra precisa parar de fazer acusação sem provas e o alertou que ele já está inclusive sendo processado por espalhar calúnias. “Você tem de ter cuidado para não ter mil caras, Serra, porque a última mentira e calúnia contra mim ocorreu no caso em que vocês diziam que a minha campanha tinha aberto sigilo [fiscal de adversários]. Hoje você é réu em crime de calúnia e difamação. Você está dando os primeiros passos na questão da ficha limpa”, disse Dilma.

Mil caras

Dilma também arrancou risadas da plateia e dos jornalistas no Debate da Band, quando disse que o Serra “não é o cara, mas tem mil caras”. Ele também provocou risos no mesmo público quando comentou que “não havia problemas graves de segurança em São Paulo”.

Para o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, não restou dúvida que Dilma saiu vitoriosa do debate. “O debate foi excelente porque ambos os candidatos desnudaram sua personalidade política e seus compromissos programáticos. Ficou clara a questão de quem é que tem políticas sociais, qual é a postura sobre as privatizações. E o que eu fiz no verão passado. Ou seja, o que a Dilma fez nos últimos oitos anos e o que o Serra fez. Isso ajuda o eleitor a se definir”, analisou.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deu ainda mais motivos para a vitória da candidata. “Ela ganhou porque o debate permitiu que os dois candidatos entrassem naquilo que os diferenciavam. Pela primeira vez nessa campanha no segundo turno pudemos debater qual é o projeto da Dilma, tanto o balanço de comparação em relação ao governo que ela foi ministra, quanto também o balanço do governo em que o Serra foi ministro”, disse.

Diferenças de projetos

O coordenador do programa de governo da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Marco Aurélio Garcia, disse que Dilma soube delimitar os campos e os projetos no primeiro debate do primeiro turno e Serra ficou sem dar muitas respostas.

“Foi muito bom o desempenho da candidata Dilma Rousseff. Acho que cumpriu o que se espera de um debate de segundo turno. Demarcar claramente que há dois campos, evitar questões secundárias com as quais se pretendia embaralhar as cartas e chamar concretamente o candidato Serra a se definir", afirmou.

Segundo Garcia, o candidatdo tucano "gosta de se apresentar tão seguro, muitas vezes tão arrogante, mas foi obrigado a sair um pouco da sua toca e dizer a que veio. E na maioria das vezes não disse”.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coligação lança manifesto para o segundo turno das eleições

O Partido dos Trabalhadores anunciou duas medidas importantes para combater os boatos e as falsidades contra a campanha de Dilma Rousseff. A coligação Para o Brasil Seguir Mudando lançou um manifesto para acabar com a "guerra suja" vista no final do primeiro turno das eleições presidenciais.


O segundo ponto é o pedido à Polícia Federal (PF) para investigar a autoria do panfleto apócrifo distribuído ontem no encontro nacional do PSDB e aliados que apoiam a candidatura de José Serra. O texto orienta como difundir uma campanha contra Dilma na internet. O caso foi noticiado no blog do jornalista Fernando Rodrigues.

"O manifesto faz uma análise do primeiro turno e contém uma avaliação de como deve ser a discussão do segundo turno, que vai balizar a ação política da militância do PT e dos partidos aliados", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra, após reunião da Executiva do partido, em Brasília.

Segundo ele, "queremos evitar e repelir esta verdadeira guerra suja que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral".

No documento, além de combate à boataria, os partidos da coligação querem comparar os projetos das gestões Lula e Fernando Henrique Cardoso. Também apontarão os problemas das privatizações dos anos 1990, a dependência de programas do Fundo Monetário Internacional e sobre o marco regulatório do pré-sal, que mudou o sistema de concessão para o sistema de partilha de produção de campos de petróleo.

“Vamos continuar fazendo uma campanha de debate de ideias, de projetos. Todas as vezes que nos sentirmos caluniados, atacados, todas as vezes que detectarmos prática de crimes vamos recorrer aos órgãos competentes", garante Dutra.

Leia o manifesto da Coligação Para o Brasil Seguir Mudando: http://peppercomm.3cdn.net/45f1ef60395c936250_thm6bhn2z.pdf

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leonardo Boff apóia aliança entre Marina e Dilma

O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?


É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.

Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as “humilhadas e ofendidas” e consideradas “zeros econômicos” pelo pouco que produzem e consomem.

Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do pais, Luiz Inácio Lula da Silva. Fou uma virada de magnitude histórica.

Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.

O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluidos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.

Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neocolonialismo e do globocolonialismo pois sempre se atém aos ditames dos paises centrais.

José Serra, do PSDB, representa esse ideário. Por detrás dele estão o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.

O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.

Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.

Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.

É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental proposto por Marina Silva.

Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.

(*) Leonardo Boff é teólogo
Fonte http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17028
Acesse também http://www.leonardoboff.com/

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dutra: “Questão do aborto nunca esteve no programa”

Alguns veículos de comunicação divulgaram hoje notícias equivocadas afirmando que o Partido dos Trabalhadores estuda tirar o tema do aborto do programa de governo de Dilma Rousseff. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que essa informação não tem qualquer fundamento: “A questão de aborto nunca esteve no programa de governo da Dilma, portanto não faz sentido você dizer que vai retirar uma coisa que não existiu”.

Dutra explicou que Dilma tem exposto claramente sua posição em relação ao tema. “Ela é pessoalmente contra o aborto e não vai propor nenhuma modificação na legislação relativa a isso.”
Assista aqui ao vídeo em que Dilma reafirma sua posição.

Segundo o presidente do PT, o Estado brasileiro tem que prestar assistência às mulheres. Dados do Ministério da Saúde revelam que, no ano passado, cerca de 200 mil mulheres precisaram fazer curetagem de emergência após um procedimento de aborto.

Por meio do Ministério da Saúde, o governo defende uma política para evitar práticas abortivas, como a distribuição de métodos contraceptivos. O Sistema Único de Saúde (SUS) trabalha para preservar a vida das vítimas. No ano passado, o governo investiu R$ 35 milhões nessas políticas e, em 2010, prevê o gasto de R$ 50 milhões.

Católicos condenam perseguição contra PT e Dilma

O jornal Valor Econômico revelou em sua edição de segunda-feira que alas minoritárias da Igreja Católica têm desrespeitado a orientação da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ao pregarem vetos a nomes de políticos e de partidos nas eleições deste ano.

Segundo a reportagem, padres de São Paulo têm feito sermões contra o voto em candidatos do PT e em especial contra a candidata a presidente pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff. A campanha desautorizada pela CNBB se baseia em informações mentirosas de que a petista é a favor do aborto.

Em inúmeras oportunidades, Dilma afirmou seu respeito pela vida e que disse que é pessoalmente contra o aborto, porque o considera uma violência contra a mulher. Em recente encontro com as lideranças cristãs em Brasília, Dilma foi ainda mais clara: “Não sou a favor de um plebiscito porque ele dividiria a nação entre aqueles que defendem e aqueles que são contra o aborto. A legislação existente hoje pacifica todas as posições. Eu sou contra mudar a lei”, enfatizou.

O Valor Econômico revela que o cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, em 20 de agosto, enviou um comunicado a todos os padres de dioceses esclarecendo que os representantes da Igreja não devem se envolver publicamente na campanha partidária, nem "fazer uso instrumental da celebração litúrgica para expressão de convicções político-partidárias".

Dignidade

Dom Odilo sugere, ainda segundo a publicação, que padres e bispos orientem os fiéis a votarem em candidatos afinados com os princípios cristãos, "sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural", mas alerta para que não indiquem nomes.
Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, foi o clérigo que reagiu de forma mais direta e clara ao que chama de "trama" da Regional Sul 1 da CNBB, segundo a reportagem do Valor.

À sua diocese, Dom Demétrio tem encaminhado sucessivos artigos contra documento da regional. "Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas (...) Portanto, seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro, intrometendo-se onde não lhe cabe estar". O artigo de Dom Demétrio, divulgado dia 19/09, traz o título "Pela liberdade de consciência".

A CNBB nacional encerrou sua participação no episódio com nota em que desautoriza qualquer decisão contrária à da Assembleia Geral, que não vetou candidatos ou partidos. Em São Paulo, segundo o Valor, remanescentes da Igreja progressista estão pasmos. "Nunca houve uma campanha eleitoral com tanta manipulação da religião", lamenta um deles, lembrando que isso aconteceu também, e fortemente, com a Igreja Evangélica.

domingo, 26 de setembro de 2010

POR FAVOR, RESPEITEM MINHA INTELIGÊNCIA

Ultimamente minha “caixa postal” anda lotada. Quase não consigo dar vencimento a tantos e-mails que chegam diariamente enviados por gente que nem conheço. O assunto da hora é a política, nada mais normal, uma vez que estamos às vésperas de mais uma eleição. O que me espanta é a enxurrada de denúncias contra a candidata do Governo a presidência, Dilma Rousseff. Já a pintaram como a mais cruel e perigosa terrorista, perita em armas, bombas e coquetel molotov. Já a acusaram de seqüestradora, assaltante de bancos, torturadora, e assassina - com direito a xerox de sua vasta ficha criminal relacionando cada um de seus crimes – como é que essa mulher ainda está solta por aí??? – E tudo isso com o aval do seu criador, que, na realidade, usa aquela barba sinistra para esconder sua verdadeira identidade. Seu verdadeiro nome não é Lula e sim, pasmem, HITLER. Sim, caros amigos, toda aquela história de menino pobre, ex-metalúrgico e líder sindical faz parte de uma farsa para esconder a verdadeira história do líder nazista que se fingiu de morto e se escondeu no Brasil durante todo esse tempo.  Portanto, a sigla “PT” não significa Partido do Trabalhador, mas “Partido do Tinhoso”, antigo Partido Nazista. Mas os atributos malignos de Dilma não se limitam à militância armada ou política. Segundo esses bem intencionados internautas, uma vez no poder, ela vai dar continuidade a um plano diabólico que a muito vem sendo tramado nos bastidores do inferno. Primeiro, ela vai legalizar o casamento gay e o aborto, e ai de quem se opor, porque uma só menção contrária poderá render ao opositor cadeia, sem direito a julgamento nem defesa. Vai ser cassada a liberdade de culto. Programas religiosos no rádio e na TV, nem pensar. A imprensa vai ser censurada. Mas tudo isso será só o princípio da Grande Tribulação. Vocês sabem quem é o vice de Dilma? MICHEL TEMER! Ele mesmo, o pai de Daniel Mastral, o grande cabeça dos satanistas. Aliás, os satanistas já tem um grande plano em andamento. Dilma ganhará as eleições “nem que Deus não queira”  Mas tal qual Tancredo Neves, ela será eleita mas não governará. O diabo a ferirá e ela ficará terrivelmente doente, vítima de um câncer maligno que ela carrega há muitos anos e só está esperando o momento certo para se manifestar. E quem assumirá o poder? Tcham, tcham, tcham...o vice, claro,  Michel Temer, o pai dos seguidores do “tinhoso”. A intenção do diabo  é clara: dominar todo território brasileiro liberando potestades e principados no ar, terra e mar.

Eu gostaria de aproveitar esse espaço para fazer um apelo a todos que têm me enviado essas mensagens: “POR FAVOR, ME EXCLUAM DO SEU MSN!”  Meu tempo é muito precioso para perder com essas “viagens”, além de ser um acinte a minha inteligência. Não pense o amigo que sou ingênuo. Sei muito bem que Dilma não é a reencarnação de Madre Teresa de Calcutá. Estou ciente, também, que o PT não é um Jardim de Infância, cheio de anjinhos celestiais, batendo suas asinhas para lá e para cá. Acredito ainda que Lula está longe de ser o escolhido para dar continuidade ao legado de Ghandi e muito menos de Jesus Cristo. Mas convenhamos, e quem é??? Quem na política brasileira reúne predicados para reivindicar para si o papel do Messias? Ora, amigos, estamos diante  de uma parábola do “Joio e o Trigo”, mas sem o trigo. Vale tudo para se chegar ao poder. Na realidade, as potestades e principados e todas as forças malignas não precisam que Dilma seja eleita para tomar conta do solo nacional, nem tão pouco Serra, pelo simples fato de já estarem agindo há muito tempo, não só através da política, mas de todos os segmentos da sociedade, inclusive, da “igreja”. O casamento gay e o aborto provavelmente serão legalizados, com ou sem Dilma, mais cedo ou mais tarde. As injustiças sociais, o crime, a pedofilia, a corrupção escancarada, a violência doméstica, tudo isso faz parte das conseqüências de uma sociedade que optou por viver sem a interferência divina. Cabe a nós, meros eleitores, como coadjuvantes do Juízo Final, termos discernimento, e porque não dizer, inteligência, para separarmos a política da politicagem, o político do politiqueiro. Há um ditado que diz: “nunca se mentiu tanto quanto antes das eleições, durante a guerra e depois da pescaria.”  Sendo assim,  que vença o menos ruim.

Rev. Emanuel Clementino de Almeida

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Governo federal aumenta participação na Petrobras

A União aumentou de 40% para 48% a sua participação no capital da Petrobras com o processo de capitalização da empresa, concluído nesta semana. A empresa conseguiu obter R$ 120 bilhões no mercado financeiro, por meio de lançamento de ações, que vão facilitar os investimentos futuros da Petrobras.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que essa participação leva em conta as ações que pertencem ao Tesouro e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “A União não aumentou mais para dar chance aos minoritários [pequenos acionistas]”, afirmou o ministro.

Mantega disse também que, para aumentar sua participação, o governo investiu cerca de US$ 43 bilhões na empresa. Esse valor é equivalente ao montante pago pela Petrobras na cessão onerosa de barris de petróleo que serão retirados da camada pré-sal.

Vox Populi: Dilma com vantagem de 27 pontos

A TV Bandeirantes e o Portal IG divulgaram hoje à noite mais uma rodada do levantamento do Instituto Vox Populi. A 10 dias das eleições, Dilma Rousseff tem uma vantagem de 27 pontos em relação ao segundo colocado na corrida presidencial. Desde o dia 22 de julho, segundo o Vox, Dilma cresceu 10 pontos percentuais e saiu de 41% para 51% das intenções de voto.


Os dados divulgados mostram que o candidato José Serra tem 24% das intenções de voto. Desde 22 de julho, o tucano caiu 11 pontos, perdendo todos esses possíveis votos para Dilma Rousseff.

Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 10% das intenções de voto. A margem de erro do levantamento é de 1,8 ponto percentual. O instituto ouviu 3.000 pessoas, de 219 municípios, entre os dias 18 e 21 de setembro.

Dilma é citada por 44% dos eleitores espontaneamente quando são questionados em que vão votar no dia 3 de outubro.

Liderança em todos os segmentos

Dilma aparece à frente dos rivais em todas as faixas etárias, de renda e regionais pesquisados pelo instituto. A candidata petista tem o melhor desempenho entre eleitores do Nordeste, onde ela recebe 67% das intenções de voto, contra 23% dos demais candidatos. A distância entre Dilma e os concorrentes é menor no Sul. Na região, ela tem 42% das preferências, contra 37% do candidato da direita, e 6% da verde.

A candidata também é a preferida entre os mais jovens: 56% dos brasileiros que têm entre 16 e 24 anos dizem que querem a primeira mulher presidente do Brasil. Dilma também é preferida entre os moradores de pequenos municípios (59%), entre os que concluíram o primeiro grau (58%).

Hoje, Dilma disse que as pesquisas podem oscilar até o dia da eleição, mas que o importante é seguir trabalhando e pedindo votos.

Dilma enfatiza sua posição em defesa da vida

No debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a candidata à presidência Dilma Rousseff reiterou sua posição em defesa da vida. Segundo ela, o aborto é uma violência contra a mulher, mas precisa também ser discutido como uma questão de saúde pública.

“Não acredito que mulher alguma seja favorável ao aborto. Pessoalmente, não sou favorável ao aborto, mas, como presidente da República, terei de tratar a questão das mulheres pobres que usam métodos absolutamente bárbaros e correm risco de vida”, disse a candidata.

Dilma avaliou que o Brasil viveu um processo de “deterioração das famílias” durante os anos de desigualdade, desemprego e exclusão social que antecederam o governo Lula. Para a candidata, programas como Bolsa Família ajudam no fortalecimento das famílias brasileiras, e na proteção das crianças e adolescentes em situação vulnerável.

Creches

Ela renovou o compromisso com a criação de 6 mil creches, para aumentar a cobertura para crianças com idade até quatro anos e com a Rede Cegonha para atender bebês e gestantes.

“Um país sempre vai ser julgado pelo que faz pelas suas crianças e jovens. Eu tenho certeza que o fato de a gente ter tirado 28 milhões de pessoas da miséria contribuiu bastante para que as famílias protejam suas crianças”, afirmou, acrescentando que o combate ao crack é fundamental e será feito por meio de ações de prevenção e repressão.

“O Brasil teve um processo de deterioração da família. Aí tomou conta do Brasil o crime organizado, porque o Estado saiu das periferias das grandes cidades.”

Dilma abriu sua participação no debate cumprimentando a CNBB por sua histórica participação nas lutas democráticas e sociais travadas no Brasil.